Partido Socialista de Alandroal
Moção de Estratégia para a Candidatura
à Comissão Política Concelhia
à Comissão Política Concelhia
Primeiro Subscritor: João Nabais
«Voltar a Acreditar: Com Coerência, Fiéis às Origens e aos Princípios»
1. Razões da Candidatura.
O Partido Socialista é cada vez mais a força de referência para a modernização e desenvolvimento sustentado do nosso país.
Pela primeira vez, depois do 25 de Abril, o Governo assume de forma coerente, enfrentar os ancestrais constrangimentos estruturais de Portugal.
Todos sabíamos que para conseguir um país moderno teriam que ser feitas reformas e implementadas medidas difíceis e geradoras de desentendimentos e reacções negativas de largos sectores da população.
Por receio a essas reacções, inevitáveis e eleitoralmente perigosas, as reformas foram sucessivamente adiadas e o resultado foi desastroso para o país.
Mas, como diz o poeta; «não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe».
A situação tornou-se insuportável e, mais uma vez, foi o Partido Socialista chamado a resolver o problema e evitar que o «barco fosse ao fundo», como teria acontecido se o PSD continuasse a governar.
Mais uma vez foi necessário tomar medidas drásticas e novamente só os Socialistas tiveram a coragem e o sentido de estado necessários para enfrentar a crise e encetar as reformas necessárias.
Exceptuando aqueles que sempre destruíram o que geriram e continuam prometendo um «mundo» onde só há direitos, todos tiveram a consciência que era uma cruzada arriscada, apelidada mesmo por alguns analistas de «suicídio eleitoral».
Felizmente e à semelhança de outros momentos históricos, o Governo do Partido Socialista assume as suas responsabilidades e enceta uma luta capaz de consolidar as contas do Estado e empreender um projecto de modernização capaz de implementar um modelo de desenvolvimento assente na competência, na justiça e na solidariedade.
Com as devidas reservas, poderíamos aplicar ao concelho de Alandroal, um discurso semelhante.
Em Outubro de 2009, chegou ao fim mais um mandato autárquico do PS onde, com mais ou menos limitações, tivemos que desenvolver um esforço por vezes titânico para tentar conciliar os interesses e aspirações daqueles que nos elegeram, com a permanente dificuldade para encontrar os meios e os apoios.
No caso concreto do primeiro subscritor, chegou ao fim do segundo mandato que lhe foi concedido pela população do concelho de Alandroal com o sentimento de que a vitória de há 4 anos foi muito gratificante, talvez ainda mais do que a do primeiro mandato.
Mas, ao iniciar este segundo mandato, sabíamos já que ia ser mais difícil de conciliar os interesses e as expectativas de cada um.
Sabíamos que o segundo mandato ia ser mais exigente e mais complexo.
Foi nessa perspectiva que remodelámos a equipa, indo procurar pessoas que julgávamos mais preparadas para o trabalho que se adivinhava.
Enganámo-nos!
Com alguns problemas e muitas dificuldades, continuámos a fazer mais e melhor do que aqueles que durante 27 anos, não fizeram o que deviam.
Pese embora os muitos atrasos e com alguns «amigos» a fazer contrapoder, as principais obras que iniciámos no segundo mandato (e algumas que vinham do primeiro), ficaram praticamente concluídas ou na sua fase final.
Contra muitas invejas e críticas injustas e mal intencionadas, ajudámos dezenas de pessoas com problemas de visão, a maioria muito idosa e com muitas carências.
Não fosse a nossa ajuda e essas pessoas estavam condenadas a viver os últimos anos de vida praticamente cegas.
Apenas lamentamos que os «heróis» de hoje não tenham acordado quando era difícil mudar o rumo do nosso concelho, que se estava a transformar num lugar onde nenhum jovem queria viver.
Antes, quando éramos conhecidos apenas pelo «concelho mais pobre da Europa», aí é que tinha sido o momento dos «heróis» e «heroínas»!
Nós até compreendemos. Deu muito trabalho a alguns mas, agora é mais fácil e dá prestígio ser autarca no Alandroal.
Queremos apenas dizer, que tal como vós, companheiras e companheiros dos bons e maus momentos, acreditamos que o resultado das últimas Eleições Autárquicas de 11 de Outubro, não passou de um tremendo equívoco que a população do concelho de Alandroal cometeu, provavelmente pouco esclarecida por culpa nossa; e que o resultado destes quatro anos de retrocesso no processo de desenvolvimento concelhio, nos vai permitir a todos «Voltar a Acreditar: Com Coerência, Fiéis às Origens e aos Princípios» que o Alandroal é um concelho com futuro e onde vale a pena viver.
É esta a razão que reforça a legitimidade desta candidatura, que é também uma recandidatura a que se juntam novos protagonistas.
2. Princípios de Orientação.
Dizíamos nós na candidatura passada que; «Embora nas razões de candidatura estejam consubstanciados alguns, senão os mais importantes princípios que nos orientam politicamente, é importante reforçar aqueles que estão plasmados na nossa condição de socialistas».
Ou seja, o resultado da implementação do «Cartão Social do Munícipe Idoso», do «Cartão do Jovem Munícipe» ou ainda os «Loteamentos Municipais», representam a implementação de um conjunto de meios que correspondem a uma preocupação fundamental; não esquecer a solidariedade e a coesão social.
São princípios fundamentais da matriz socialista que esteve e continuará a estar, como preocupação fundamental em todos os nossos projectos de desenvolvimento.
As políticas seguidas a nível autárquico, estão hoje perfeitamente plasmadas com as políticas nacionais nesta matéria.
Reforçámos as medidas necessárias a uma mudança estrutural, implementámos os meios e as políticas de apoio a uma melhoria significativa na educação e estamos a desenvolver um projecto cultural e de lazer que nos permite afirmar que teremos um concelho melhor.
3. Os Objectivos.
«No Partido Socialista os objectivos de curto-prazo terão que estar sempre subordinados a uma estratégia de desenvolvimento político, económico e social que nos garanta um futuro de prosperidade e bem-estar».
Este princípio é cada vez mais actual.
O desenvolvimento sustentado num crescimento social e económico que respeite o património cultural e ambiental da região em que nos inserimos, é condição incontornável.
Num mundo em que a descaracterização cultural é sinónimo de degradação moral e intelectual, concretizar um compromisso sério entre as necessidades de desenvolvimento técnico e económico com a defesa da diversidade cultural e ambiental é uma responsabilidade que os Socialistas terão que perseguir até às últimas consequências.
A ruralidade do nosso concelho, continua a ser uma mais-valia e as oportunidades que as novas valências turísticas representam na capacidade de atracção de investimento e de fixação de pessoas, terão que estar em harmonia com essa condição que é simultaneamente objectiva e subjectiva.
4. A Acção Política.
O aprofundamento da democracia e a proximidade entre o trabalho autárquico e político, numa relação directa com as populações, será o elemento catalisador da interacção necessária ao êxito dos projectos de desenvolvimento do concelho.
O reforço da influência do Partido Socialista na população do concelho é uma realidade que se pode comprovar pela capacidade de mobilização.
Todavia a consolidação dessa dinâmica requer uma redinamização das estruturas partidárias, aumentando o número de militantes e a sua formação política através de acções de participação cultural e cívica, mobilizadoras da criação de um forte espírito de pertença.
A organização de acções de debate político interno e a promoção de debates e seminários sobre as questões locais e nacionais junto da população, era um objectivo anterior e que não fomos capazes de concretizar mas que nos tem que mobilizar no curto prazo.
Entretanto, por forma a manter uma acção política adequada, nomeadamente através do adequado acompanhamento do trabalho autárquico desenvolvido pela «coligação anti-natura» actualmente instalada no poder; e com o objectivo de manter sempre a população informada sobre o que de bom e mau se vai fazendo, criar um Site na Internet e editar regularmente Comunicados e Boletins Informativos para divulgar toda a informação e comunicados emanados pela Secção Concelhia.
Tendo em conta as batalhas políticas que se avizinham, este objectivo assume carácter prioritário para criar a empatia e a massa crítica necessária à criação de fortes movimentos sociais, culturais e políticos, em torno do nosso projecto de sociedade.
Sem essa massa crítica que promova uma dinâmica de acção cívica no sentido da organização e associação com objectivos de modernização, não será possível dar suporte às políticas de desenvolvimento que nos propomos.
Outra área onde é urgente criar essa massa crítica é ao nível das actividades sociais e culturais.
O desenvolvimento intelectual e cultural só é efectivo se resultar de uma participação activa das pessoas.
A assistência passiva a espectáculos ou outras actividades não terá os efeitos desejáveis, promovendo apenas mais uma actividade consumista e facilitadora de inércias sociais, pelo que existe aqui uma área de intervenção que não podemos descurar, em especial junto das crianças e dos escalões etários mais jovens.
Ao nível do desenvolvimento económico e social necessitamos de um grande empenhamento para concretizar o conjunto de projectos de investimento público e privado que garantam os nossos programas de desenvolvimento para o concelho e para a região.
5. Construir o Futuro.
Como sempre dissemos, para que estes objectivos e pressupostos sejam concretizados é necessário conhecer muito bem o passado, compreender o presente e preparar o futuro.
Só poderemos ter uma visão clara do quão importante e difícil foi obter os resultados que se conseguiram nos últimos oito anos se tivermos presente a situação do Município antes da nossa assumpção do poder na autarquia.
Só poderemos aceitar o esforço adicional do presente e do futuro se compreendermos as razões que estão subjacentes à necessidade de promover um tão grande número de empreendimentos e outros eventos.
Foi essa a nossa preocupação ao longo do que está escrito nos números anteriores desta Moção de Estratégia.
A modernização e o desenvolvimento que perseguimos, exige um esforço suplementar para ganhar a população para os nossos projectos, envolvendo a maioria na procura de soluções para os concretizar.
Os passos seguros terão que continuar a ser dados, pelo que continuamos a propor aos militantes do Partido um caminho comum para os concretizar, passos necessários à consolidação do nosso presente e à construção do futuro que continua a ser nosso mas que será também o nosso legado ao futuro dos nossos filhos e netos.
«Voltar a Acreditar: Com Coerência, Fiéis às Origens e aos Princípios»
É um objectivo fundamental mas, para o conseguir, teremos todos que trabalhar junto das comunidades locais, com o objectivo de melhor dar a conhecer os nossos objectivos e o trabalho realizado ao longo dos últimos oito anos, estabelecendo paralelismos com o trabalho e a acção do «equívoco» actualmente estabelecido no poder autárquico local (Câmara Municipal e Juntas de Freguesia de Capelins e Santiago Maior), com o objectivo de devolver a Confiança e a Esperança num Futuro mais risonho para todos, assente na continuação do nosso programa de desenvolvimento sustentado, mas inovador a partir da consolidação do que já realizámos:
· Continuando a defender uma política de ordenamento do território e defesa do equilíbrio ambiental mas, recusar a transformação do concelho numa «grande reserva» ao serviço de interesses pouco claros, para benefício de terceiros;
· Promover o crescimento económico ao serviço das pessoas, sem pôr em causa o equilíbrio natural;
· Continuando as políticas de Coesão Social através do apoio aos idosos e todos os desfavorecidos;
· Alargar às Aldeias a oferta de infra-estruturas para a construção de habitação a custos baixos para os mais jovens famílias carenciadas;
· Manter as instalações necessárias ao serviço da promoção e defesa dos cuidados de saúde;
· Consolidar e desenvolver as políticas de promoção cultural, aumentado a oferta de valências que antes não eram possíveis por falta de equipamentos adequados;
· Continuar a dinamização de parcerias com os diversos agentes e instituições para aumentar a oferta e a diversidade de meios de educação e cultura, ao serviço da população e em especial das crianças e jovens;
· Consolidar os projectos em curso que irão dotar o concelho de um conjunto de infra-estruturas desportivas, com especial atenção às modalidades de Pavilhão, cuja inexistência tem tido efeitos nefastos na promoção de um desenvolvimento físico mais saudável e harmonioso;
· Conjugar a actividade cultural e desportiva com outras acções no combate integrado ao risco do consumo de drogas, excesso de álcool e outros comportamentos desviantes, entre os jovens;
Reforçar o apoio à promoção e desenvolvimento da actividade turística, tendo presente que será esta uma das vias porque passará o nosso desenvolvimento futuro.